quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Camisetas D.A

O Diretório Acadêmico está disponibilizando para votação 3 modelos diferentes de camiseta:

Primeiro: Biodiversidade.












Segundo: Simbolo da Biologia.











Terceiro: Coruja das Torres.










Independente do modelo as camisetas serão de material reciclado.

Para votar responda a enquete no blog e escolha o modelo que mais agradou.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mata Atlântica

http://territorioanimal.files.wordpress.com/2010/08/serie-ameacados-de-extincao-mata-atlantica.jpg

A Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira . Acompanha o litoral do país do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste chegava até Argentina e Paraguai . Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX , encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro , e era contínua com a Floresta Amazônica . Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul , em especial no Brasil .

A área de domínio (área cuja vegetação clímax era esta formação vegetal) abrangia total ou parcialmente 17 estados:

  • Alagoas , cobria originalmente 52% da área do estado.
  • Bahia , 31%
  • Ceará , 3%
  • Espírito Santo , 100%
  • Goiás , 3%
  • Mato Grosso do Sul , 14%
  • Minas Gerais , 45%
  • Paraíba , 12%
  • Paraná , 97%
  • Pernambuco , 18%
  • Piauí , 9%
  • Rio de Janeiro , 99%
  • Rio Grande do Norte , 6%
  • Rio Grande do Sul , 47%
  • Santa Catarina , 99%
  • São Paulo , 80%
  • Sergipe , 32%

A área original era 1.290.692,46 km², 15% do território brasileiro.

Atualmente o remanescente é 95.000 km², 7,3% da área original.

Formações do Domínio da Mata Atlântica

Definidas pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) em 1992:
  • Floresta Ombrófila Densa
  • Floresta Ombrófila Mista
  • Floresta Ombrófila Aberta
  • Floresta Estacional Decidual
  • Floresta Estacional Semidecidual
  • Mangues
  • Restingas
  • Campos de Altitude
  • Brejos Interioranos
  • Encraves Florestais do Nordeste

A proteção do CONAMA se estende não só à mata primária, mas também aos estágios sucessionais em áreas degradadas que se encontram em recuperação. A mata secundária é protegida em seus estágios inicial, médio e avançado de regeneração.

Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza aceleradamente. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.

A biodiversidade da Mata Atlântica é maior mesmo que a da Amazônia . Há subdivisões da mata, devidas a variações de latitude e altitude. Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora.

A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. Desta forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats nos quais a diversificada fauna vive. Conforme a abordagem, encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.

Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas (ocorrem apenas na Mata Atlântica). Das bromélias , 70% são endêmicas dessa formação vegetal, palmeiras , 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.

Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive mais de 15% dos primatas , como o mico-leão-dourado . Das aves 160 espécies, e dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

É possível que muitas espécies tenham sido extintas sem mesmo terem sido catalogadas. Estima-se que 171 espécies de animais, sendo 88 de aves, endêmicas da Mata Atlântica, estão ameaçadas de extinção. Segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, entre essas espécies estão o muriqui, mico-leão-dourado, bugio, tatu, tamanduá, entre outros.

Recordes mundiais da Mata Atlântica

  • 454 espécies de árvores por hectare – no Sul da Bahia .
  • Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos
  • Mamíferos , aves , répteis e anfíbios : 1361 espécies, 567 endêmicas
  • 2 % de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

2010 - Ano Internacional da Biodiversidade



A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade para conscientizar sobre a importância da biodiversidade para o planeta. Esta é uma oportunidade para:

•Expressar a importância da biodiversidade para o bem-estar das populações.
•Refletir sobre as conquistas alcançadas até agora para preservar a biodiversidade.
•Dobrar os esforços para reduzir o índice de perda da biodiversidade.

Salvar a biodiversidade requer o esforço de todos. Por meio de atividades em várias partes do mundo, a comunidade global poderá trabalhar em conjunto para garantir um futuro sustentável para todos nós.
O ponto focal para o Ano Internacional da Biodiversidade é o Secretariado da Convenção em Diversidade Biológica. Estabelecida na Conferência Mundial Rio 92 [Earth Summit in Rio de Janeiro in 1992], a Convenção em Diversidade Biológica [Convention on Biological Diversity - CBD] é um tratado internacional para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e o compartilhamento igualitário dos seus múltiplos benefícios. Com 191 integrantes, a CBD tem quase uma participação universal.

Esta campanha é um desafio significante e, para que seja bem sucedida, precisamos criar e promover ações vindas de todos os setores e de vários países. Portanto, precisamos trabalhar juntos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aquífero na Amazônia pode ser o maior do mundo, dizem geólogos

Reserva Alter do Chão tem volume de 86 mil km³ de água potável.
Quantidade permitiria abastecer população mundial por 100 vezes.


Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentou um estudo, na sexta-feira (16), que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.

Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani - com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. "Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando", disse Milton Matta, geólogo da UFPA.

O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. "Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante", disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos.

De gota em gota

O geólogo informou que a segunda etapa de pesquisa será a visita aos poços já existentes na região do aquífero. "Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido", disse

Para Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, a revelação de que o Aquífero Alter do Chão é o maior do mundo comprova que esse tipo de reserva segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela. "Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do Aquífero Alter do Chão. As demais cidades do Amazonas têm 100% do abastecimento tirado da reserva subterrânea. São Paulo, por exemplo, tem seu abastecimento em torno de 30% vindo do Aquífero Guarani."

Oliveira disse que a reserva, na área que corresponde a Manaus, já está muito contaminada. "É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto 'in natura' nos igarapés da região."

Recuperação da reserva

Oliveira faz um alerta para a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão. "A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta.

Ele destaca a qualidade da água que pode ser explorada no Alter do Chão. "A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea", disse Oliveira.

Os corais estão brancos

O Mar das Caraíbas Sul pode estar a sofrer o início de uma maciça mortandade de corais, afirmam cientistas. Por Stephen Leahy da IPS.
Corais a morrer no Pacífico - Foto de Centre of Excellence for Coral Reef Studies, Austrália
Corais a morrer no Pacífico - Foto de Centre of Excellence for Coral Reef Studies, Austrália

Uxbridge, Canadá, 13 de Setembro (Terramérica).- As águas do Mar das Caraíbas estão mais quentes do que nunca, e os corais da região estão a ficar brancos e começam a morrer, alertam especialistas. O fenómeno pode ser observado sobretudo nas Antilhas Menores, nas Caraíbas Sul, disse Mark Eakin, coordenador do programa Coral Reef Watch, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

A temperatura está mais elevada do que em 2005, quando um grave caso de embranquecimento afectou boa parte das Caraíbas. Quase 60% dos corais morreram nessa oportunidade nas norte-americanas Ilhas Virgens, disse Mark ao Terramérica. Nessa região, a temperatura da água atinge o seu ponto máximo entre Setembro e Outubro.

É provável que a área afectada pelo embranquecimento de corais aumente para Leste e chegue até à Nicarágua, passando pela Ilha La Española, onde ficam Haiti e República Dominicana, até Porto Rico e Antilhas Menores, e para o Sul ao longo das costas caribenhas do Panamá e da América do Sul, alertou no mês passado a Coral Reef Watch.

“Isto pode ser pior do que em 2005, a menos que algumas tempestades tropicais misturem as águas quentes da superfície com as mais profundas e frias”, ressaltou Mark. Os recifes coralinos são encontrados em menos de 1% dos oceanos do mundo, mas abrigam entre 25% e 30% de todas as espécies marinhas. Aproximadamente mil milhões de pessoas dependem directa e indirectamente deles para subsistir.

É um dos ecossistemas essenciais para a sobrevivência humana, diz a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Um pedaço colorido de coral é uma colónia de milhares de diminutos animais, os pólipos, que produzem em torno deles esqueletos de pedra calcária em forma de taça, utilizando o cálcio da água marinha.

Geração após geração de pólipos que vivem, constroem e morrem vão formando os recifes, um habitat para esta e muitas outras espécies de flora e fauna. As cores dos corais são proporcionadas pelas algas zooxanthellae, que cobrem os pólipos, fornecem a eles alimentos – açúcares e aminoácidos – e em troca obtêm um lugar seguro para viver com luz suficiente para a sua fotossíntese.

Esta perfeita relação simbiótica, que funciona há 250 milhões de anos, quebra-se quando a água aquece muito ou é contaminada. As algas morrem, o que pode ser visto pelo embranquecimento, e os pólipos ficam sem alimento e tornam-se muito vulneráveis às enfermidades. Antes da década de 1980, foi registado um único grande episódio de esbranquecimento. A elevação de um ou dois graus da temperatura máxima de verão basta para disparar o processo.

Quanto mais tempo durar essa temperatura, maior é a descoloração. Os corais podem recuperar se a situação se prolongar algumas semanas. O aquecimento da atmosfera, derivado da emissão de gases de efeito de estufa libertados pela queima de combustíveis fósseis, está a aquecer gradualmente os oceanos. Em Julho, a temperatura das superfícies marinhas registou um pico de 62 décimos de grau acima da média do Século 20, segundo a NOAA.

No sudeste da Ásia, os oceanos aqueceram quatro graus acima do normal, em Maio. Embranqueceram entre 60% e 80% dos corais de várias áreas próximas de Indonésia, Vietname, Sri Lanka, Tailândia e Malásia, e alguns morreram, segundo estudos do Programa da Indonésia da Wildlife Conservation Society.

Acredita-se que desta vez o embranquecimento será pior do que em 1998, quando acabou com 30% dos corais dos oceanos Índico e Pacífico ocidental e central, afirmou esta organização. Naquele ano, 16% dos corais do mundo morreram. Até a década passada, a sobrepesca, a contaminação e o desenvolvimento económico costeiro eram as principais causas das mortes dos corais. Estas ameaças persistem, apesar da criação de áreas marinhas protegidas e de reservas onde a pesca é proibida.

Apesar das boas intenções, estes esforços não são efectivos, disse ao Terramérica o ecologista marinho Peter Sale, do Instituto para a Água, o Meio Ambiente e a Saúde da Universidade das Nações Unidas. “A maioria das áreas marinhas protegidas não funciona. As chamamos de parques de papel”, acrescentou. Apresentam problemas de administração e de projecto e não consideram a realidade de que os recifes não podem existir em isolamento.

Se o desenvolvimento costeiro gera contaminantes ou sedimentos que fluem para o oceano, os recifes próximos estarão acabados, porque se encontram numa área marinha protegida, disse Peter. Também há uma assombrosa escassez de dados científicos. “Não sabemos como deveria ser cada uma dessas áreas para apresentar resultado efectivo”, afirmou.

Nas Caraíbas, a pesca mais abundante é a da lagosta. “Mas nenhum dos países da área sabe de onde procedem as suas. Assim, como gerir adequadamente esse recurso?”, questionou. Após a desova, as larvas da lagosta flutuam livremente cerca de nove meses no mar, viajando centenas de quilómetros de distância do lugar de nascimento, segundo novas investigações.

Estas descobertas fazem parte de um projecto que elaborou o guia “Preserving reef connectivity: a handbook for marine protected area managers” (Preservando a conectividade dos recifes: manual para administradores de áreas marinhas protegidas), informou Peter. A protecção local e a gestão dos corais são essenciais para que resistam aos efeitos da mudança climática: o embranquecimento e a acidificação das águas, que enfraquece o esqueleto calcário do recife, enfatizou.

No começo dos anos 1980, os habitantes de duas pequenas ilhas das Filipinas recuperaram os seus corais e a sua pesca, que estavam à beira da extinção. Conseguiram isso criando zonas de proibição para pesca e gerindo-as de maneira adequada. Hoje capturam mais peixes com menos esforço e geram boa renda com o turismo, disse Peter. É necessário que as áreas marinhas protegidas das Caraíbas sejam geridas numa rede regional vinculada à costa continental, acrescentou. “Se for bem feito, serão beneficiados corais, pesca e o entorno costeiro”, concluiu.

Artigo produzido para o Terramérica, projecto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

(Envolverde/Terramérica)